Tragédia em Minas Gerais: como ajudar em situações de emergência
Já se passaram mais de dez dias desde que as barragens de uma mina de ferro em Minas Gerais se romperam, produzindo uma enxurrada de lama contaminada que destruiu cidades, afetou o meio ambiente (o rio Doce, um dos principais do estado, está bastante ameaçado) e provocou muitas incertezas na vida de muita gente.
Diante da tragédia, as pessoas se mobilizaram e muitas doações chegaram a Mariana, a cidade mais atingida, e a outros municípios, até do Espírito Santo, onde desagua o rio. Mas ainda há muito a ser feito, pois as consequências do ocorrido ainda vão durar muito. Ambientalistas, por exemplo, estimam que a recuperação ambiental pode levar mais de uma década.
Fonte: Agência Brasil
Nessas horas, além da vontade de ajudar, é preciso organização para que as iniciativas sejam eficientes e ajudem a quem de fato mais precisa com o que mais necessitam. Seguem algumas dicas de como estruturar uma ação de combate a desastres como o que acaba de afetar mineiros e capixabas.
Entre em contato com a Defesa Civil ou ONGs de ajuda
Com certeza, toda ajuda é válida, mas em situações extremas como essa, é preciso coordenação para que as ações sejam efetivas, e a Defesa Civil é o órgão responsável por isso. Há uma em cada cidade, e em geral o telefone de contato é o 199. Além do órgão público, há entidades da sociedade civil sempre prontas a mobilizar pessoas e organizar atividades, como a Cruz Vermelha, igrejas e escolas locais. A filial de Minas Gerais da Cruz Vermelha (telefones (31) 3239.4211 ou (31) 3239.4223) encerrou as atividades de doação para a cidade de Mariana e receberá doações de água mineral para o município de Governador Valadares, que enfrenta racionamento.
O contato com as instituições é importante para que não haja doações exageradas de determinados itens enquanto as pessoas precisam de outros. Da mesma forma que uma empresa precisa conhecer seu cliente para atendê-lo melhor, uma operação de ajuda necessita saber quem é seu público e o que ele quer.
Mobilize colegas e colaboradores
Já sabe o que é mais necessário? Ótimo, agora é mais fácil chamar o pessoal. Organize uma “vaquinha” para comprar o que a Defesa Civil, a Cruz Vermelha ou outra entidade tenha apontado como mais urgente e busque uma forma de levar as doações ao local de entrega. Vale organizar caravana, acionar parceiros externos, como transportadoras, e mesmo enviar por correio. Mas é bom colocar tudo no papel antes, escrevendo ou desenhando o passo a passo da ação. Tudo fica mais fácil.
Aproveite habilidades
Nem toda ajuda precisa ser material ou financeira. Se sua empresa puder colaborar com algum serviço, ótimo. Vocês já são bons nisso, por que não aproveitar todo esse talento para fazer o bem? O departamento financeiro pode ajudar organizando doações financeiras, o de logística ajudando os mantimentos a chegar onde são mais necessários etc. Ofereça o que você faz de melhor!
Doe carinho
Outra ação legal é visitar o local atingido (se possível, claro) e oferecer um ombro amigo, uma ajuda na reconstrução ou uma oficina com as crianças, se for viável. A solidariedade tem um grande poder de transformação.
Prevenir é o melhor remédio
O velho ditado tem sua razão de ser. Muitos desastres poderiam ser evitados ou reduzidos, se tivessem sido tomadas as medidas necessárias de prevenção, fiscalização e cuidado. É preciso seguir as leis, respeitar as normas e cobrar que todos o façam. Conhecimentos de primeiros socorros, planejamento de evacuação de emergência e outras informações valiosas podem fazer toda a diferença. Observe o seu entorno e verifique se você pode contribuir para melhorar a segurança de todos!
Fonte: Agência Brasil