Gerir qualquer instituição é muito difícil. Talvez você mesmo, integrante do Sistema Voluntário, tenha um cargo de gestão e saiba muito bem disso. Imagine, então, a gestão de uma instituição que assiste à uma comunidade ou um grupo socialmente vulnerável?

As dificuldades são as mais variadas: primeiro, os gestores muitas das vezes são pessoas que não fizeram uma capacitação acadêmica ou profissional para exercer essa função específica. Em geral, são pessoas com outras formações, mas que por alguma razão, decidiram fazer mais pela sociedade. Segundo, os recursos financeiros são limitados. Poucas dessas instituições contam com apoio estatal e, em sua maioria, elas se mantém com doações e apoio de organizações privadas e voluntários.

E embora seja essencial para manutenção dessas instituições, o apoio financeiro não é a essência do trabalho voluntário. Os voluntários são. Os recursos financeiros, por exemplo, não vão se aplicar sozinhos. Mãos, cabeças e corações são necessários para fazer tudo funcionar.

Mais do que um trabalho manual e pontual, o trabalho voluntário exige dedicação e envolvimento intenso. São pessoas em prol de outras. E você voluntário, mais do que ninguém, sabe disso. O voluntariado demanda paixão pela causa e pelo impacto que a sua ação vai causar na melhora da qualidade de vida de alguém.

Para refletir um pouco mais sobre o nosso trabalho, nós do Sistema Voluntário perguntamos à você: O que você sente quando realiza uma ação voluntária? Se sente solidário, mais humano, mais útil? Mas você já parou para pensar o que sentem aqueles que recebem a sua ação?

Para saber a resposta, nós ouvimos a coordenadora do Posto de Assistência Irmã Dulce, uma das instituições que abrem as portas para os voluntários do Sistema Indústria, para saber qual a percepção dela a respeito da contribuição dos colaboradores.

A presidente do Posto de Assistência Irmã Dulce, Marília Nunes, trabalha há mais de oito anos na instituição e resume o trabalho dos voluntários do Sistema Indústria em uma única palavra: dedicação. “Os voluntários têm vontade de estar aqui, de fazer a diferença. Além disso, o trabalho deles é excepcional, pois sempre estão dispostos a trocar experiências. Desde o começo da nossa parceria, só tivemos bons resultados, porque eles são preparados pelo Sistema Voluntário. Já chegam aqui sabendo lidar com as pessoas, além, claro da simpatia. ”

Marília também destaca que é muito comum receber os voluntários do Sistema Indústria em visitas individuais. “Alguns dos funcionários do Sistema Indústria se dão tão bem aqui, que acabam voltando para realizar outras ações. E isso é ótimo.”

Texto por: Marina Brauna